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Renda melhora e ajuda reduzir pobreza no Sudoeste Publicado em

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Os municípios da região Sudoeste do Paraná tiveram um significativo crescimento na renda nos últimos 20 anos, conforme mostram os dados do “Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013”, divulgado esta semana pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Destaque para Nova Esperança do Sudoeste (396,01%), Flor da Serra do Sul (381,01%), Pinhal de São Bento (362,37%) e Manfrinópolis (300,34%).

O atlas mostra o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de cada município do país. Para se calcular o IDHM, são considerados três indicadores: longevidade, educação e renda. Neste último, é avaliado o rendimento per capita (por pessoa) do município.

As informações de 2013 foram obtidas com base no Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010. O IDH dos municípios vai de 0 a 1: quanto mais próximo de zero, pior o desenvolvimento humano, quanto mais próximo de um, melhor. Além do IDHM de cada município, há IDHMs específicos de longevidade, educação e renda. Os três indicadores isoladamente seguem o mesmo critério de pontuação de 0 a 1.

A economista Fernanda Bezerra, professora do mestrado em Desenvolvimento Regional da Unioeste, afirma que os programas de transferência de renda – como o Bolsa Família – afetam diretamente os grupos que se encontram em extrema pobreza e pobreza, logo a expansão desses programas tem relação direta com a redução da pobreza. No entanto, o IDHM – Renda considera a renda média da cidade, logo ter um indicador elevado nesse quesito significa que os pobres melhoraram, mas toda a população melhorou. Segundo ela, o IDHM é um importante indicador de desenvolvimento e coloca Pato Branco e Francisco Beltrão como destaque, em qualidade de vida, entre os municípios do Paraná.

Brasil

No Brasil, a renda mensal per capta aumentou de R$ 447,56 em 1991 para R$ 793,87 em 2010, correspondendo a um ganho de R$ 346,31 nos últimos vinte anos. O estudo revela que 73% dos municípios cresceram acima da média de crescimento nacional. Contudo, só 11% dos municípios têm IDHM Renda superior ao do Brasil, evidenciando forte concentração de renda.

O sociólogo Adilson Alves afirma que o Brasil, nos últimos 20 anos, vem desenvolvendo uma série de políticas, dentre as quais programas de distribuição de renda para redução da pobreza, programas de universalização da educação e o acesso ao Sistema Único de Saúde que vem surtindo efeito na elevação do IDH. “Ao olhamos para 1990 os avanços são incontestáveis. Contudo, as recentes manifestações no Brasil apontam que há ainda um longo caminho a percorrer para que o brasileiro se satisfaça com os índices de desenvolvimento alcançados”, compreende.

Nova Esperança do Sudoeste subiu sua renda per capta de R$ 136,75, em 1991, para R$ 678,29, em 2010. No âmbito geral, o município teve um incremento no seu IDHM (0,714) de 126,67% nas últimas duas décadas, acima da média de crescimento nacional (47,46%) e acima da média de crescimento estadual (47,73%). O município ocupa a 1486ª posição no ranking brasileiro de IDHM, sendo que 1.485 (26,68%) municípios estão em situação melhor e 4.080 (73,32%) municípios estão em situação igual ou pior. Em relação aos 399 outros municípios de Paraná, Nova Esperança do Sudoeste ocupa a 164ª posição.

 

Prefeito quer atrair gente para trabalhar

O prefeito Jair Stange (PDT) pretende construir 130 casas em parceria com a Cohapar (Companhia de Habitação do Paraná) para atrair trabalhadores para sua cidade e amenizar o deficit de mão de obra. Segundo ele, o município vive um excepcional momento na economia e existem empregos de sobra. “Aqui só não trabalha quem não quer. Ainda hoje dois empresários me contaram que estão ofertando 35 vagas e não conseguem contratar”, contou à reportagem do JdeB na quinta-feira à tarde durante uma rápida conversa. De acordo com ele, o município é essencialmente agrícola e o que ajudou a aumentar a renda da população foi a agropecuária leiteira, que confere rendimento mensal aos agricultores, os núcleos de aviários e a industrialização. As empresas geram juntas cerca de 500 empregos para o município.

 

Menos desigual

É também de Nova Esperança do Sudoeste o título de município com a melhor distribuição de renda. O índice de Gini, instrumento usado para medir o grau de concentração de renda, mostra que passou de 0,55 em 1991 para 0,56 em 2000 e para 0,50 em 2010. Este indicador aponta a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos. Varia de 0 a 1, sendo que 0 representa a situação de total igualdade, ou seja, todos têm a mesma renda, e o valor 1 significa completa desigualdade de renda, ou seja, se uma só pessoa detém toda a renda do lugar. Por outro lado, o município vizinho de Eneas Marques é o mais concentrador de renda de toda a região. O índice de Gini passou de 0,66 em 1991 para 0,62 em 2000 e para 0,60 em 2010.

 

Fonte: Jornal de Beltrão

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